Bataguassu-Saúde
Em nota prefeitura rebate informação mas médico reafirma que atendimento foi prestado de forma voluntária
No relato, a família da gestante explica que a ela começou a perder líquido amniótico por volta 22h de segunda-feira (11). A jovem foi levada para o Pronto Socorro e chegou no local já depois da meia noite, madrugada de terça-feira.
15 OUT 2021
Por Cenário MS
06:10

Atendimento a Nathiely Aparecida Faria dos Santos foi realizado no Pronto Socorro Municipal

A Prefeitura de Bataguassu se pronunciou por meio nota pública sobre o caso da jovem Nathiely Aparecida Faria dos Santos foi salva por um médico voluntário nesta terça-feira (12), feriado nacional, que não faz parte do quadro de médicos do pronto socorro que diante da situação de emergência fez o parto da bebê Yara devido a falta de um especialista de pronto atendendimento no Pronto Socorro Municipal da Santa de Casa de Bataguassu.


Segundo a nota, na referida data, o médico plantonista prestou atendimento no Pronto Socorro Municipal até às 18 horas (horário de Brasília). Após esse horário, casos de urgência e emergência devido o feriado são atendidos via regulação.


Ainda segundo a nota, como havia um médico especialista na área da ginecologia / obstetricia em atendimento na unidade que faz parte do Corpo Clínica da Santa Casa e que também presta serviço ao município através da Clínica da Mulher, o profissional  foi solicitado para atendimento a gestante para realização do parto.


A prefeitura ainda afirma que não houve, desta forma, nenhum atendimento médico de forma voluntária como noticiado.



No entanto, o Jornal Cenário MS que já havia entrado em contato com o Dr. Samir para confirmar o relato da familia da gestante, entrou em contato novamente com o médico para confirmar a veracidade das informações contidas na nota divulgada pela prefeitura.


Segundo informou o Dr. Samir o atendimento a gestante foi sim prestado de forma voluntária e que ele não tem nenhuma obrigação em prestar o atendimento em casos como o da Nathiely que são obrigações do plantonista que no caso era o Dr. Genival. Ele explica ainda que sempre que é pedido um favor pela Secretaria de Saúde ele atende.


O doutor ainda disse a reportagem que seu contrato com o município está apenas para atendimento na Clínica da Mulher às quintas e a realização de cirugias eletivas para o município.

Por fim o médico afirma " Eu nunca deixaria de ir realizar um atendimento deste, isso faz parte da ética profissional, sempre que for preciso eu irei, mesmo que seja de forma voluntária como neste caso"


RELATO DA FAMÍLIA


No relato, a família da gestante explica que a ela começou a perder líquido amniótico por volta 22h de segunda-feira (11). A jovem foi levada para o Pronto Socorro e chegou no local já depois da meia noite, madrugada de terça-feira. 


"O medico de plantão examinou ela é diz que estava com três dedos de dilatação e chamou o Dr. Genival (obstetra plantonista) que chegou 3h da manhã. O medico de plantão já tinha colocado ela no soro com remédio pra tira a dor porque o Dr. Genival demorou para chegar.  O Genival falou que ela tinha que dilata um dedo por hora então até 9h da manhã de terça-feira, se ela não tivesse normal ele faria uma cesárea. Mas quando ele examinou ela de manhã, as 8h, não tinha dilatado mais e ao invés de fazer a cesárea ele de alta pra ela é mandou minha filha ir para casa, não fez receita, só falo pra ela toma Buscopan se tivesse dor e pediu para ficar de repouso", disse a mãe da gestante que ainda relatou que levou a filha para casa do sogra dela e voltou para fazenda, onde trabalha.



Nathiely Aparecida Faria dos Santos foi salva por um médico voluntário que realizou seu parto



facebook googleplus pinterest twitter