Telegram
Contra fake news, MPF pode pedir suspensão do Telegram no Brasil
Diante da situação o MPF de São Paulo planeja uma série de medidas de cooperação extrajudicial com as plataformas de comunicação antes de ordenar uma suspensão temporária ao Telegram.
26 JAN 2022
Por Campograndenews
08:00

Procuradores que compõem a comissão de inquérito do MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo, que investiga a propagação de desinformação e fake news, não descartam a possibilidade de solicitar suspensões temporárias do aplicativo de mensagens Telegram, no Brasil.


O aplicativo ganhou popularidade entre grupos conservadores, que passaram a utilizá-lo com mais frequência para compartilhar notícias falsas, principalmente a partir das eleições de 2018. O receio das autoridades é que a prática se intensifique também no período eleitoral deste ano. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Estadão.


A decisão dos membros da comissão seria motivada pela falta de interesse demonstrada pelo criador do aplicativo, o programador russo Pavel Durov, em dialogar com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.


No dia 6 de janeiro, o procurador regional Yuri Corrêa da Luz, responsável pelo inquérito, oficiou diversas plataformas e redes sociais para a notificação de espaços para denúncias de notícias falsas. Enquanto empresas como Facebook e Twitter anunciavam suas ferramentas, o Telegram continuou distante de negociações e maiores esclarecimentos no país. A empresa sequer tem escritório no Brasil.


Como o Telegram também não respondeu às solicitações de informação, os membros da Procuradoria de São Paulo consideram que será preciso 'adotar qualquer providência necessária neste contexto', já que o silêncio é um sinal claro de que a empresa não irá colaborar, publicou o portal Uol.


Diante da situação o MPF de São Paulo planeja uma série de medidas de cooperação extrajudicial com as plataformas de comunicação antes de ordenar uma suspensão temporária ao Telegram.


O TSE também pretende utilizar o inquérito administrativo contra autoridades que veiculam notícias falsas, para regular a desmonetização e a moderação de conteúdos nas redes. As plataformas e redes sociais estão, neste momento, respondendo a uma segunda leva de perguntas encaminhadas pelos procuradores.




facebook googleplus pinterest twitter